A eventual prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Complexo Penitenciário da Papuda tem gerado intensa apreensão no governo do Distrito Federal. Segundo informações apuradas pela CNN Brasil, a principal preocupação das autoridades locais diz respeito à saúde do ex-chefe do Executivo, que possui histórico de problemas decorrentes da facada sofrida em 2018 e recentes diagnósticos médicos.

Fontes ligadas à administração penitenciária afirmam que três áreas já foram reservadas preventivamente dentro do complexo para uma possível custódia de Bolsonaro. Todos os espaços são isolados, com uma delas classificada como “área de vulneráveis”, usada para abrigar presos que necessitam de maior proteção ou cuidados especiais.

Além das questões de saúde, o governo do DF teme possíveis reações de outros detentos à presença do ex-presidente. Embora o risco de incidentes seja considerado baixo, há receio de que a chegada de Bolsonaro possa gerar tensões internas, especialmente entre grupos políticos e criminosos com posicionamentos ideológicos distintos.

Outro ponto sensível é a logística de segurança. Em caso de necessidade médica urgente, o deslocamento de Bolsonaro exigiria uma operação complexa, com escolta reforçada e coordenação entre diferentes órgãos de segurança. As autoridades avaliam que qualquer movimentação externa, como idas a hospitais, demandaria planejamento minucioso para evitar tumultos, protestos ou riscos à integridade física do ex-presidente.

Nos bastidores, interlocutores do governo local afirmam que a situação representa um “grande desafio operacional e institucional”, pois o DF seria responsável direto por garantir a segurança de um ex-presidente da República em um ambiente prisional de alta complexidade.