Existem espécies exóticas, como o lagostim-americano, o peixe lúcio, o sapo-cururu, a rã-touro-americana e o guaxinim, que costumam dominar as estatísticas e relatórios sobre o impacto dos animais invasores na extinção de espécies.
Mas poucos invasores causaram tantos prejuízos à biodiversidade quanto um dos mais encantadores mascotes domésticos: os gatos.
Somente os lares domésticos espanhóis abrigam cerca de 4 milhões de gatos (um para cada 12 habitantes, em média). Destes, 120 mil acabam abandonados nas ruas todos os anos.
No Brasil, a proporção ainda é maior: um para cada sete habitantes, em média, ou 27,1 milhões, segundo o Censo Pet IPB de 2022.
Predador solitário e caçador implacável; ágil, rápido, voraz e com forte instinto territorial. O gato é um carnívoro cruel e indomável, mas também cativante. Ele é um exemplo de perfeição evolutiva.
Todas essas características fazem dos gatos uma espécie extremamente relutante a ser domesticada, com forte tendência à liberdade e à desobediência.
Maior predador de vertebrados
Os gatos já extinguiram mais vertebrados do que qualquer outro predador.
Seu cosmopolitismo, sua eficiência como animal carnívoro e sua enorme capacidade de adaptação lhes permitiram colonizar todo o mundo, desde as ilhas subantárticas até as regiões quentes e secas, próximas aos trópicos.
E sua grande fecundidade os transforma em uma bomba demográfica muito difícil de ser desativada.
Foto: Getty Images
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