Nessa primeira semana, entre os dias 11 e 15 de março, os locais mais afetados devem ser o oeste do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e noroeste do estado de São Paulo.
A outra parte de São Paulo, além do Rio de Janeiro, Minas Gerais, oeste da Bahia, Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Pará, Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima também devem sentir o fenômeno ainda nessa semana.
Entre os dias 16 e 20 de março o mapa muda um pouco, já que a onda de calor se espalha. A área mais impactada segue para o Sudeste, atingindo todos os estados da região, além do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.
O que é onda de calor e como ela se forma
A porta-voz da Climatempo, Maria Clara Sassaki, explica que a onda de calor é quando a temperatura fica pelo menos cinco graus acima da média, por mais de cinco dias seguidos.
Sassaki explica que a temperatura está relacionada com a umidade: “quando o ar está úmido, a temperatura fica mais baixa, e quando o ar está seco, o calor aumenta.”
Ou seja, a onda de calor é consequência de uma massa de ar seco que é proveniente de bloqueios atmosféricos, mais comuns nos meses de inverno, mas que também podem acontecer no verão.
“Um bloqueio atmosférico é uma circulação de ventos no alto da atmosfera, que impede o avanço de frentes frias do Sul para o Sudeste. Como as frentes frias transportam umidade, durante um período de bloqueio, essa umidade não chega no continente e, por isso, o ar seco ganha força e o calor aumenta”, explica a Sassaki.
Maria Clara ainda aponta que a “culpa” não é só do El Ninõ, fenômeno que aquece as temperaturas da superfície dos oceanos no Pacífico oriental e central.
“O El Niño potencializa os eventos severos, como as ondas de calor, porque deixa a atmosfera mais quente que o normal, mas também temos as mudanças climáticas que contribuem bastante para as alterações de padrão”, relata.
Imagem: Reprodução/Climatempo
Fonte: CNN BRASIL