A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) anunciou, neste sábado (8), que vai convocar as Bolsas de Mercadorias e Cereais para apresentar as comprovações de capacidade técnica e financeira das empresas representadas por elas e que venceram o leilão para a compra de arroz importado.
A medida acontece após a repercussão das notícias de que, dentre as quatro arrematadoras dos lotes, estão empresas sem afinidade com o ramo e de capacitação técnica e financeira duvidosa. O pregão somou valor de R$ 1,3 bilhão e garantiu a compra de 263,37 mil toneladas do grão. A média de preço do quilo ficou em R$ 4,99.
O fato que mais despertou críticas foi o arremate de lotes pela empresa Wisley A. de Souza, de Macapá (AP), cujo nome fantasia é Queijo Minas. Imagens do Google indicam se tratar de um mercado de pequeno a médio porte, embora o CNPJ da empresa contenha o comércio atacadista de alimentos entre as suas atividades. Essa empresa se credenciou para vender 147,3 toneladas do grão para a Conab, ao custo de R$ 736,2 milhões. Foi a maior fatia arrematada no leilão por uma única concorrente. O resultado do pregão despertou críticas e pedidos de anulação.
"A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai convocar as Bolsas de Mercadorias e Cereais para apresentar comprovações de capacidade técnica e financeira das empresas que representaram e saíram vencedoras dos respectivos lotes no leilão para compra de arroz beneficiado importado. A determinação é do presidente da Conab, Edegar Pretto, diante das dúvidas e repercussões a partir da divulgação do resultado leilão, realizado pela companhia na última quinta-feira."
A nota foi acompanhada por uma declaração por escrito de Pretto: "A transparência e a segurança jurídica são princípios inegociáveis e a Conab está atenta para garantir segurança jurídica e solidez nessa grande operação.”
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Fonte: GZH
Foto: Marcelo Casal Jr. | Agência Brasil