A Central de Abastecimento do Rio Grande do Sul (Ceasa/RS) reabriu as portas de sua sede, no bairro Anchieta, nesta segunda-feira (17), após um mês de operação em Gravataí, em espaço provisório cedido pelas Farmácias São João, devido às inundações que atingiram Porto Alegre. O vice-governador Gabriel Souza, o titular da Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), Ronaldo Santini, e o presidente da instituição, Carlos Sieglede Souza, participaram de um ato simbólico de boas-vindas ao público.
A retomada das atividades na sede da Ceasa/RS será gradual. As estruturas de algumas áreas ainda estão sendo avaliadas. Os prédios administrativos estão interditados temporariamente e o Galpão de Não Permanentes (GNP) necessita de reparos.
“A reabertura dos portões e a retomada das atividades na sede da Ceasa, bem como a suspensão do pagamento de aluguel pelo permissionários por 60 dias, representam o compromisso do governo do Estado com a retomada e o aquecimento da economia em todo o Rio Grande do Sul. A Ceasa é responsável por 54% dos hortifrutigranjeiros comercializados no Estado e este retorno significará um impulso para o setor, com impacto em todo território gaúcho”, afirmou o vice-governador.
Santini ressaltou que a reconstrução da Ceasa/RS é um símbolo de força, garra e determinação do povo gaúcho. “Quero parabenizar a todos vocês e dizer que o governo do Estado e a nossa Secretaria de Desenvolvimento Rural está ao lado da Ceasa/RS, dos permissionários, dos atacadistas e dos funcionários, buscando as soluções necessárias para que possamos reerguer a instituição”, acrescentou.
Serão necessários R$ 64 milhões para a reconstrução do complexo da Ceasa/RS. O valor foi definido em uma reunião realizada na sexta-feira (14/6), qual estavam presentes o secretário de Desenvolvimento Rural, o presidente da central de abastecimento e as secretárias da Fazenda, Pricilla Santana, e de Planejamento, Governança e Gestão, Danielle Calazans.
Para viabilizar os recursos necessários para a reforma, foi criado um grupo de trabalho composto por representantes das secretarias envolvidas, do Escritório de Desenvolvimento de Projetos (EDP) e da Procuradoria-Geral do Estado (PGE). Além dos recursos, a Ceasa/RS estuda medidas para tornar viável a prorrogação por 60 dias dos aluguéis dos permissionários.
Siegle de Souza afirmou que o apoio de todos as esferas públicas vai ser fundamental para a captação dos recursos que serão necessários para recuperar a infraestrutura e as redes de esgoto, elétrica e asfáltica.
“Com a ajuda e o esforço das nossas lideranças estaduais, tenho certeza que vamos defender os 10 mil empregos diretos e os mais de 80 mil empregos indiretos que são gerados na cadeia produtiva vinculada à Ceasa/RS, além da garantir a manutenção do abastecimento de mais 54% dos hortifrutigranjeiros consumidos semanalmente no Rio Grande do Sul”, concluiu.
Operação provisória
Durante o tempo que funcionou em Gravataí, a Ceasa/RS comercializou 13.493,31 toneladas de hortifrutigranjeiros, um resultado considerado positivo, já que a área provisória correspondia a apenas 10% do tamanho da sede original. Estiveram presentes na instalação provisória 481 produtores e 104 atacadistas.
Ao todo, 104 diferentes hortigranjeiros foram comercializados, além de produtos dos setores de embalagens, flores e folhagens. Entre os mais vendidos, a batata se destacou, com 1,5 mil toneladas, seguida por tomate longa vida, batata doce, laranja e cebola.
Ceasa/RS em números
Área da sede: 42 hectares
Produtores cadastrados: 1.570
Empresas atacadistas cadastradas: 311
Volume comercializado em Gravataí: mais de 13 mil toneladas