O dia amanheceu com céu encoberto, com temperaturas baixas, próximas dos 10 graus, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio.

Para se aquecer e começar os trabalhos na 47ª Expointer, a expositora Maria Fabiani Hansen, 46, comeu pastel com café quente na área de alimentação do Pavilhão da Agricultura Familiar, acompanhada da filha, Maria Valentina, e de amigos. Ao lado do marido, Leandro Hilgert, ela está participando da feira oferecendo uma variedade de cachaças, produzidas em sua agroindústria, a Harmonie Schneps, de Harmonia (RS).

“A gente expõe aqui na Feira, mas eu aproveitei hoje o dia para passear. A gente acredita que esta edição vai ser melhor que as outras, porque o Estado está precisando de um evento desses, que as pessoas consigam passear e se recuperar, e esquecer um pouco do que aconteceu (as enchentes de maio)”, disse, com esperança, Maria Fabiani.

No Pavilhão Internacional, o trio de bombeiros civis Gabriely Marques, Cristian Lemes e Michele Borges, estavam a postos e atentos para auxiliar aos visitantes da feira.

“Estamos aqui para não deixar que ninguém se machuque, nada saia dos conformes, prevenindo qualquer tipo de incêndio”, disse Gabriely.

“Acho que vai ter bastante movimento com, no mínimo, 15 a 20 mil pessoas”, estimou Cristian.

“O nosso trabalho é a prevenção”, afirmou Michele.

Também na área internacional, vindos de Três Cachoeiras (RS), uma família estava começando a jornada pela feira: Gabriel Justo Lumertz, pintor, 29, estava na companhia de sua esposa, Daniele Espíndola, 28, dona de casa, e dos filhos, Laura, 16, e Iago, de apenas dois anos.

“Muito bacana! Depois destas enchentes, é importante esta feira para movimentar a economia. Queremos mais ver os animais, junto com o bebê”, afirmou Gabriel.

“Aqui nós chegamos às 8 horas, assim que abriram os portões. Viemos de longe para chegar até aqui, com muita expectativa pra conhecer a Expointer”, disse Daniele.

Expectativa também, mas de bons negócios, estava a estudante de veterinária, Gabriela Tang, filha do proprietário da Granja Tang, de Farroupilha (RS), que fiscalizava o trato dos animais, ao lado da amiga e também estudante de veterinária, Manuela Bianchi, no Pavilhão de Bovinos.

“Espero que seja boa, que a gente ganhe prêmios e seja tranquilo”, falou Bianchi.

“Eu espero que a gente faça o nosso melhor e que seja uma Expointer de recuperação, depois do que o Rio Grande do Sul enfrentou. E que o público reconheça o esforço e que tenha carinho pelos expositores que apesar de todas as dificuldades estão aqui”, desejou Gabriela.

O tempo se abriu e o sol começou a aparecer no final da manhã, iluminando as máquinas expostas na feira. Viajando desde Ivoti (RS), os irmãos e empresários Altair, 39, e Marcos Holdefer, 49, se divertiam no setor junto com os filhos Joaquim, 3 anos, e Vitor, 9, além de prospectar negócios.

Acho que o movimento está bom. Tem bastante maquinário”, disse Altair.

“Todo ano eu venho na Expointer. Trabalhamos na área rural e no transporte de câmaras frias lá em Ivoti. Estamos aqui vendo uma máquina para a pecuária. Queremos investir”, afirmou Marcos.

Com a chegada dos raios solares começou a aumentar o movimento no Boulevard, rua onde estão os restaurantes das associações de raça e outros expositores.

Por lá, passeavam o motorista Samuel Grasselli, 40, a dona de casa Tatiani Kalkmann, 40, o filho Micael, 14, estudante, da cidade de Carlos Barbosa (RS).

“Primeira vez aqui na Expointer. Está tudo muito bonito. Nós estamos gostando de ver. Vamos visitar mais a agricultura familiar, onde temos conhecidos nossos”, disse Samuel.

“Já tinha vindo uma vez. É bem legal por causa das crianças”, falou Tatiani.

“Está bem legal! Acabamos de passear por uma parte que tinha um monte de animais. Tinha boi, touro, vaca, bode!”, se entusiasmou o jovem Micael.

Também no Boulevard, as artesãs Elvira Marques, 60, e Maria Santis, 50, estavam estimuladas na espera de boas vendas para o Ateliê Artesanal Lã de Ovelha, de Taquara (RS), instalado no espaço da Associação Brasileira dos Criadores de Ovinos Crioulos (ABCOC).

“Neste momento difícil, nossa expectativa é que o público venha para ver o que gente faz, que o pessoal está se reerguendo”, disse Elvira.

Para auxiliar na localização do público na Feira, o parque recebeu 10 totens com mapas, espalhados em locais estratégicos e de grande movimentação.

Para consultar o Mapa da Expointer acesse: https://expointer.rs.gov.br/mapa-do-parque. A 47ª Expointer prossegue até 1º/09, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS).

Texto: Rodrigo Martins/Ascom Expointer