Offline
Polícia investiga ataque a tiros em comício do PT em Bagé
Notícias
Publicado em 16/09/2024

A Polícia Civil investiga o ataque a tiros registrado em um comício do PT em Bagé, na região da Campanha. O ato ocorria no final da tarde domingo com a participação de Luiz Fernando Mainardi, que disputa a prefeitura do município, quando um homem mascarado efetuou disparos e depois fugiu. Não houve feridos e, até o momento, ninguém foi preso.

 

O atirador teria surgido quando um candidato a vereador discursava em cima de um carro de som no residencial Nei Azambuja, a Cohab de Bagé. Ele teria disparado cerca de seis vezes, no entorno de apoiadores do partido, antes de fugir.

 

Em vídeo divulgado nas redes sociais, Mainardi afirma que, no momento dos tiros, cerca de 800 pessoas estavam no local. Ele também pede às forças policiais uma investigação aprofundada sobre o ocorrido.

"Nosso evento foi interrompido por uma tentativa de homicídio, um atentado. Felizmente ninguém ficou ferido, graças a Deus. O elemento, que certamente não era um morador, rompeu dos fundos atirando. Foram cinco ou seis tiros, não sabemos exatamente. Isso é grave. Foi um episódio que assustou a todos que estavam ali. Queremos uma profunda investigação das razões desse atentado”, disse o político.

 

De acordo com a delegada Gabrielle Zanini, titular da 1ª DP de Bagé, a apuração dos fatos contará com o apoio da Brigada Militar e Polícia Federal, além de agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco). Não é descartado que o fato tenha motivações políticas.

 

“Ainda é cedo para afirmar uma motivação, mas consideramos a possibilidade de ter sido um crime político. Nenhuma hipótese é descartada. Vamos montar uma espécie de força-tarefa para o caso, porque o que ocorreu não é algo comum em Bagé. Precisamos garantir que as eleições na cidade aconteçam de forma pacífica e dentro da normalidade democrática”, destacou a titular da 1ª DP de Bagé.

 

A delegada adiciona que a suspeita de motivação política ganha força porque o atentado foi o segundo crime que teve como alvo um integrante do mesmo partido, em menos de três dias. O caso anterior ocorreu na sexta-feira, quando outro candidato a vereador em Bagé teve a casa arrombada e furtada.

 

Ainda conforme Gabrielle Zanini, um dos candidatos que participava do evento na Cohab é policial penal, e isso também será considerado na investigação. Entretanto, o fato de todos os tiros terem sido disparados em meio ao grupo de apoiadores, ao invés de direcionados especificamente contra o servidor penitenciário, indicaria que ele não era alvo direto do ataque.

Fonte: Correio do Povo

Comentários
Comentário enviado com sucesso!